“Se
o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se
converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus
pecados e sararei a sua terra” (2Cron 7:14).
Orar
a Deus deveria ser uma coisa simples. Todavia, Há muitos conceitos errados
sobre a oração por causa do misticismo e da superstição que acometem as
pessoas. Você sabe o que é orar? Certamente você não vai ter interesse de ler
todo esse artigo porque se trata de um assunto chamado oração. Vejamos sete
argumentos bíblicos sobre o que é orar!
1
– Orar é basicamente apresentar a Deus, mediante Jesus Cristo e com a ajuda do
Espírito Santo, nossos desejos, necessidades, confissão de pecados,
intercessões, agradecimentos. A razão é que somente o Deus Triúno conhece
nossos corações, é capaz de atender os pedidos e o único que pode perdoar
pecados. Portanto, não há qualquer fundamento bíblico para dirigirmos nossas
orações a quaisquer criaturas, vivas ou mortas, mas somente ao Deus Triúno (2
Sm 22:32; 1Rs 8:39; Is 42:8; Sl 65:1-4;145:16,19; Mq 7:18-20; Mt 4:10; Lc 4:8;
Jo 14:1; At 1:24; Rm 8:26-27; Jo 14:14 e dezenas de outros textos que falam de
nos dirigirmos a Deus).
2
– O Novo Testamento nos ensina que devemos orar a Deus em nome de Jesus Cristo.
A razão é que o pecado nos afastou de Deus e não podemos nos aproximar dele por
nossos próprios méritos. Jesus Cristo é o único, na terra e no céu, que foi
constituído pelo próprio Deus como mediador entre ele e os homens. Não há
qualquer base bíblica para se chegar a Deus em oração pela mediação de qualquer
outro nome. A Bíblia nos ensina que “não há outro nome dado aos homens” (At
4:12) e que “há somente um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo” (1Tim
2:5). (Ver ainda Jo 14:6; Ef 3:12; Cl 3:17;Hb 7:25-27;13:15).
3
– Orar em nome de Jesus é nos achegarmos a Deus confiados nos méritos de Jesus
Cristo e no perdão de pecados que ele nos conseguiu por meio de sua morte na
cruz. É pedir a Deus com base nos merecimentos de Cristo e não nos nossos. É
renunciar a toda justiça própria e chegarmos esvaziados de nós mesmos diante de
Deus, nada tendo para oferecer em nosso favor a não ser a obra daquele que
morreu e ressuscitou por nós. Onde não houver esta disposição e atitude,
invocar o nome de Jesus é vão. O nome de Jesus não é um talismã ou uma palavra
mágica, ou a senha para desbloquear as bênçãos de Deus. Não funciona nos lábios
daqueles que ainda confiam em si mesmos e na sua própria justiça, ainda que
repitam este Nome dezenas de vezes em oração (Mt 6:7-8; 7:21; Lc 6:46-49; Jo
14:13,14; At 19:13-16; 1Jo 5:13-15; Hb 4:14-16).
4
– Embora possamos pedir a Deus qualquer coisa que desejarmos, todavia, só
deveríamos orar por aquelas que trazem a maior glória de Deus, que promovem o
crescimento do Reino de Deus neste mundo e que é para nosso bem, sustento,
proteção, alegria, bem como de nosso próximo. Foi isto que Jesus nos ensinou a
pedir na oração do “Pai Nosso” (Mt 6:9-13), além de outras coisas afins (Lc
9:11-13). Assim, é tentar a Deus orarmos por coisas ilícitas e pedir coisas que
Ele declara, na Bíblia, serem contra a sua vontade (Tg 4:1-3; Mt 20:20-28).
5
– Em nossas orações, deveríamos nos lembrar de orar por outras pessoas. A
Bíblia nos ensina a pedir a Deus pelos irmãos em Cristo, pela Igreja de Cristo
em todo o mundo, pelos governantes, por nossos familiares e pessoas de todas as
classes, inclusive pelos nossos inimigos. Todavia, não há qualquer base bíblica
para orarmos pelos que já morreram ou oferecer petições em favor dos mortos (Gn
32:11; 2Sm 7:29; Sl 28:9; Mt 5:44; Jo 17:9 e 20; Ef 6:18; 1Tm 2:1-2; 2Ts 1:11;
3:1; Cl 4:3).
6
– Deus nos encoraja a trazer diante dele as nossas petições. Todavia, ainda que
a eficácia de nossas orações dependa exclusivamente dos méritos de Cristo, Deus
nos ensina em sua Palavra que há determinadas atitudes nos que oram que fazem
com que ele não atenda estas orações, como brigas entre irmãos, mundanismo e
egoísmo, tratar mal a esposa e ao marido, pecados ocultos, incredulidade e
dúvidas, falta de perdão a quem nos ofende, hipocrisia, vãs repetições, entre
outras coisas (Mt 5:23-24; Tg 4:1-3; 1Pe 3:7; Sl 66:18; Pv 28:13; Is 59:1-2; Tg
1:6-7; Mt 6:14-15; Mt 6:5; Mt 6:7-8). Por outro lado, se nossas orações são
respondidas, isto não se deve à nossa santidade, mas à graça de Deus mediante
Jesus Cristo, que nos habilita a viver de forma agradável a ele (1Jo 3:21-22),
e ao fato de que as orações, por esta mesma graça, foram feitas de acordo com a
vontade de Deus (1Jo 5:14).
7
– Deus requer fé da parte dos que oram (Hb 3:12; 11:6; Jer 29:12-14; Tg 1:5-8;
5:15). Esta fé é uma simples confiança de que Deus existe que ele nos aceitou
plenamente em Cristo e que é poderoso para nos dar aquilo que pedimos, ou
então, nos dar muito mais do que imaginamos (Hb 4:14-16). Orar com fé é trazer
diante de Deus nossas necessidades e descansar nele, confiantes que ele
responderá de acordo com o que for melhor para nós (1Jo 5:14-15). Orar com fé
não significa determinar a Deus que cumpra nossos pedidos, ou decretar, como se
a oração tivesse um poder próprio, que estes pedidos aconteçam. Orações não
geram realidades espirituais e nem engravidam a história. É Deus quem ouve as
orações e é Ele quem decide se vai respondê-las ou não, e isto de acordo com
sua vontade e propósito de sempre nos fazer bem.
Se
houvesse mais oração verdadeira a Deus por parte dos que professam conhecê-lo
mediante Jesus Cristo, quem sabe veríamos aquele avivamento e reforma
espirituais que tanto desejamos para nossa pátria?